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Pesquisa e fotos do complexo de Pedras no Mato Alto

MATO ALTO 
(do livro “No Rastro da História”)
A fazenda Mato Alto foi construída por José Honorato Filho e esposa Maria da Conceição de Araújo Lima ajudados por seus filhos: José Honorato Neto, João Honorato, Vicente Honorato, Joaquim Honorato, Egídio Honorato, Raimundo Honorato,  Maria e Custódia.

Sr. José Honorato aforou as terras em 1907 e começou o  desmatamento para iniciar uma plantação de milho, feijão e outras plantas que lhe permitissem sobreviver a tão grande distância do povoado que era Russas, passando por algumas casas em Boqueirão.

Em 1914 já tinha construído uma casinha e um roçado de porte médio e resolveu levar a família, instalando-se ali definitivamente. A primeira casa era de  taipa e  ficava  mais  próxima  da  estrada  km60/Mossoró. Desde o primeiro momento, a busca por água naquelas terras, era incessante. Quando descobriu uma gruta com um olho d’agua, cuidou da mesma, cavou uma cacimba e instalou um pequeno santuário na mesma, para entronizar ali, uma imagem de Nossa Senhora da Conceição. Nem precisa dizer-se que cacimba e oratório eram tudo forrado de pedras, o recurso abundante do lugar. A imagem da Virgem permaneceu naquela gruta-cacimba por muito tempo, até que um ano de pesado inverno alagou a gruta, levando o Sr. da Fazenda Mato Alto, a tomar uma decisão, que pode-se dizer extravagante. Construiu um campanário de dois andares para colocar no centro do mesmo um pequeno oratório para abrigar a pequeníssima imagem. Era intenção do mesmo torná-lo um monumento a ser avistado por quem passasse pela estrada km60/Mossoró.

Mas aquela água ainda era pouca para os sonhos do Sr. daquelas terras. A busca continuou, até que um dos seus operários, na busca de algumas reses por ali, encontrou uma lagoa mais na frente. Local onde seu  proprietário construiu uma enorme cisterna de pedras que em bom inverno recebia parte da água dessa lagoa e quando as águas baixavam homens e mulheres se reuniam para apanhar a água em balde e jogar na dita cisterna. E seu José  continuou procurando águas subterrâneas, cavando cacimbas aqui e ali, na esperança de suprir todas as suas necessidades do precioso líquido. Somente quando acatou a sugestão de dona Conceição que sonhava sempre com muita água junto a uma grande oiticica, é que conseguiu uma cacimba que nunca seca. Essa grande vitória foi alcançada em 1942. Essa oiticica foi arrancada por seu filho João Honorato, Segundo proprietário do que restou da fazenda.

            Em 1936, comprou um Caminhão novo que ele mesmo dirigia. Por muitos anos, sua fazenda foi muito próspera. Construiu uma enorme casa de pedra, curral de pedra e até a mesa da casa era de pedra. Dizem que os filhos e filhas trabalhavam noite e dia continuando esse costume com o filho João que deu prosseguimento às construções do Velho Pai. Com a morte do Sr. José, um de seus filhos (João Honorato) ficou com essa propriedade e mudou o nome para Vila são João do Mato Alto em 01/01/1972. A mesma foi vendida posteriormente para uma associação de moradores de Russas, e um deles, o Sr. Francisco Helder Chaves, instalou-se com a família na casa grande. São 1665 hectares de terras.

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